Cancun

cancunCancun é uma cidade localizada no estado de Quintana Roo no sudeste do México. Podemos dizer que são duas cidades em uma, a Cancun onde a maioria da população local vive e a Cancun da zona hoteleira, que foi projetada para o turismo e é totalmente americanizada.

Essa divisão se deu por que Acapulco já estava saturada com a grande quantidade de turistas, então um grupo de banqueiros que procuravam um novo local para servir de alternativa, encontraram na cidade de Cancun (que já existia) o local perfeito para tal empreendimento. Nem preciso dizer que foi um sucesso e que Cancun está entre um dos destinos de praia mais visitados no mundo todo, com temperaturas elevadíssimas o ano inteiro e o mar com um tom de azul incomparável.

A zona hoteleira de Cancun também é conhecida como Isla Cancún, por ser uma ilha no formato de um “7”. Possui 23 km de comprimento e fica entre a lagoa Nichupté e o oceano Atlântico, sendo ligada ao continente por duas pontes. Praticamente todas as maiores redes hoteleiras do mundo possuem pelo menos um hotel lá, e  em sua grande maioria com regime all-inclusive (tudo incluído), que explicaremos melhor mais abaixo.

Os hotéis realmente impressionam pelo tamanho e infra-estrutura, já que praticamente todos são grandes em comprimento, não em altura.  Como são muitos hotéis, que chega a ser cruel escolher apenas um entre tantas opções. O que faz com que boa parte das redes que possuem mais de um hotel, permitam que os seus hóspedes circulem e aproveitem a estrutura de alimentação e entretenimento dos outros hotéis da rede sem cobrar nada à mais por isso.

 

Alimentação não é problema na cidade, além dos restaurantes dos hotéis, há muitas opções ao longo de toda a Boulevard Kukulcán, que corta a zona hoteleira de norte a sul, separando os hotéis do lado do oceano e os restaurantes, boates e shoppings do lado da lagoa.

Se você vai a Cancun e procura diversão noturna, com certeza irá encontrar. Ao longo da ilha onde ficam os hotéis há muitas opções de entretenimento, mas a maior parte dos locais com essa finalidade está no trecho que fica mais próximo à cidade, nos últimos quilômetros da avenida, onde o clima noturno lembra um pouco Las Vegas, contando inclusive com o hotel Riu Cancun que tem uma arquitetura parecida com a do Bellagio localizado na cidade americana para ajudar na paisagem.

É divertido passear pela animada Avenida Tulum e Boulevard Kukulcán para conhecer elegantes discotecas, restaurantes de comida mexicana ou internacional e boates com música caribenha. A maioria dos hotéis também possui boate, ou pelo menos um bar que fica aberto a noite toda. Agora se você quer curtir fora do hotel, as principais opções são a Coco Bongo (aquela mesmo do “O Máscara”!),  Señor Frog’s, Basic, Dady’O, The City, Bulldog e Sweet Club. Alguns hotéis oferecem transporte e ingresso para essas discotecas/boates listadas acima na própria recepção, evitando que se comece a noite em uma fila e corra o risco de ser atingido por uma chuva repentina típica de Cancun.

O valor do ingresso depende da época do ano, quando estive lá o valor do ingresso + transporte estava entre 50 e 60 dólares, dependendo do local escolhido. Se não me engano, todas são open bar, o que justifica um ingresso tão “salgado”. Há também bares que se paga apenas a consumação, como o All Star Café, Planet Hollywood, Hard Rock Café (com direito a guitarra gigante na porta), Rainforest Café, dentre outros.

O transporte na cidade pode ser feito tanto em ônibus, que passam de 15 em 15 minutos na porta do hotel, como em taxis. O valor da passagem custa em torno de 90 centavos de real e é um boa opção durante o dia.

Para compras Cancun é um bom lugar, possui praticamente todas as marcas americanas e européias com ótimos preços, muitas vezes bem próximos aos dos EUA e bem abaixo dos praticados no Brasil.

Há o shopping La Isla, que é aberto e possui canais que saem da lagoa passando pelo meio do shopping, com possibilidade de passeios em gôndolas. Existe também o Plaza Kukulkán com sua extensão chamada de Luxury Avenue, que possui lojas das grifes mais caras do mundo, o Plaza Caracol e o Plaza Las Américas, um dos maiores e fica fora da zona hoteleira. Se for comprar artesanatos ou artigos mexicanos (incluindo tequila), as melhores opções são os outlets mexicanos espalhados por toda a zona hoteleira, as maiores são as do shopping La Isla e a localizada perto do shopping Plaza Caracol. Há também um mercado de artesanatos onde é possível negociar os preços, inclusive um dos integrantes do nosso grupo tentou comprar uma camisa de um time de futebol local, que o preço começou em 25 dólares e terminou em 10 dólares!

Não fale em inglês, pois eles mais que dobram o preço! Acabei comprando artesanatos e lembranças em uma loja no shopping Plaza Caracol, pois apesar de não poder negociar, saiu mais barato que nesse mercado.

Há vários passeios disponíveis em Cancun, como o Jungle Tour (que de “jungle” não tem nada, pois consiste em um passeio de lancha na lagoa Nichupté, terminando com snorkel nas águas azuis do mar caribenho), o Skyrider (Uma lancha puxando um pára-quedas com duas pessoas sobrevoando o mar), o Atlantis (um barco com o fundo cheio de janelas onde as pessoas vão na parte submersa e podem ver o fundo do mar, também chamado de sub see), entre outros oferecidos pela Aquaworld e demais agências. Os passeios não são baratos, custam em média 60 dólares cada um e com duração entre duas e quatro horas (às vezes menos).

São oferecidos também passeios que duram um dia inteiro, como a ida para os eco parques Xcaret, Xel-Há e Xplor que ficam a 60km, 102 km e 55 km de distância da zona hoteleira de Cancun respectivamente. Fomos ao Xcaret e posso dizer que é praticamente obrigatório o passeio, mas como  é uma atração à parte e possui muitas atividades, terei que fazer um post só sobre ele. Outra opção de dia inteiro é conhecer as ruínas do povo Maia nas cidades de Tulum e/ou Chichen Itzá que ficam a 125 km e 205km de Cancun respectivamente.

Um detalhe em Cancun, é que no México as praias são propriedades federais e ninguém pode fechar para as pessoas andarem pela praia, só que o único problema é que para chegar até a areia da praia, é preciso passar por dentro de algum hotel, coisa praticamente impossível para quem não é hóspede. Então as pessoas que não estão hospedadas na zona hoteleira, precisam ficar procurando alguma “brecha” entre alguns hotéis para passar até a areia, e como a praia é praticamente exclusiva dos hotéis, não há NENHUM vendedor ambulante de qualquer tipo de produto que seja… Por que comida e bebida é praticamente só estender o braço e pegar no hotel, e artesanato se compra nos shoppings ou nas lojas dentro do hotel. Bom pra quem é hóspede, péssimo pra quem não é.